Não, não se trata de uma teoria de minha autoria. Aliás, nem minha, nem propriamente teoria, do tipo consolidada. Não é absolutamente como a minha lei da véspera ou a teoria da flexibilidade das verdades... Também não é como a minha chave-mestra, que sempre apresenta soluções e decifra enigmas metafísicos (risos misteriosos). Não, decididamente não é como a tríplice teoria! É apenas uma constatação discutida, talvez um enigma com raízes
Se você não sabe nada sobre o
mito urbano da mulher cor-de-rosa, não estranhe e, menos ainda, não se
considere desinformada(o). Esse não é um assunto corrente. Mas eu estou certa de ter ouvido algo a esse respeito já há algum tempo...
Explico-me: chegou
até mim a rósea e conceitual ideia de que a mulher tipicamente mau-caráter nunca usa rosa. Absurdo? Impropriedade? “Teoria” furada? Nada disso! Tenho
observado vida afora – desde que fiquei sabendo dessa abordagem – que mulheres de sentimentos pouco nobres não costumam ser vistas vestidas de rosa, seja qual for o
matiz ou a gradação da cor. Equívoco ou pragmatismo? Também não. Se você é mulher, provavelmente já deve estar
revirando a memória emocional e concluindo pela propriedade do approach,
aposto! Desde já, pelo menos na maioria dos casos. Agora, se você é
homem não deve estar concordando com isso e, mesmo que esteja disposto a
refletir a respeito, de antemão já deve estar afastando o conceito do terreno
das possibilidades...
Novamente me explico:
mulheres costumam ter um bom radar memorial para o perfil geral das colegas de
classe. Querendo ou não, costumamos ter na mente um dossiê estilístico de uma
personalidade feminina, ou seja, com um pequeno esforço podemos nos lembrar do
jeito de ser ou de vestir-se de alguma conhecida. Assim,
numa rápida retrospectiva mental, em alguns minutos, podemos nos lembrar
de rostos e perfis de mulheres pouco afáveis que não incluem o rosa em seu
guarda-roupa. Já está conferindo essa verdade aí no seu arquivo de lembranças
úteis, amiga?
Mas aos
meus amigos – leitores talvez mais analíticos diante de casos assim – eu peço um
voto de confiança para o manifesto rosa-shocking. Homens, por favor, não escutem o seu lógico racionalismo, nem exercitem a sua doce
tolerância para com o ser “suave e indefesamente” feminino Leitores, não falo aqui de aceitação ou carinho – o que deve permear todo
relacionamento. E nós, mulheres – é claro! – merecemos mimos, compreensão e atenção. Estou apenas pedindo que homens e mulheres fiquem neutros neste momento em sua análise da alma feminina e, por uns minutos, vejam se essa teoria da mulher-cor-de-rosa procede... Lembrando, nesse enfoque,
aquelas espécimens de “filhas de Eva” que demonstram clara tendência para um
mal intrínseco de alma! Falo destas
para ilustrar a necessidade de se olhar com certo cuidado para algumas, capazes
que são de destruir o planeta (risos)! É evidente que não desejo me expressar contra a minha própria categoria. Apenas estou
listando mentalmente uma série de mulheres que não podem vestir o emblema da transparência
ou da boa vontade – e se falo disso, repito, aqui neste caso ofereço a pista: a negação absoluta ao rosa, aspecto por mim estudado, entre divagações e algumas comprovações contextuais.
Acreditem: as más representantes da espécie feminina não apareceram e não aparecerão na sua frente vestidas de rosa – chá, médio, fúcsia ou pink! Por vontade espontânea delas, não! A não ser por uma determinação de algum personal stylist, por força contratual ou em alguma tentativa fraudulenta de parecer quem não são... Ora, está aí praticamente uma forma de identificação à primeira vista! Certamente, isso não quer dizer que toda mulher admirável tenha que ser seguidora constante da Penélope Charmosa. Apenas o contrário é que parece oferecer o resumo conclusivo do conceito: as mulheres do tipo mau-caráter jamais usam tal cor! Ou seja, não é que as boas precisem estar de rosa sempre, e, sim, as más que simplesmente – e nunca – aderem à tonalidade.
Acreditem: as más representantes da espécie feminina não apareceram e não aparecerão na sua frente vestidas de rosa – chá, médio, fúcsia ou pink! Por vontade espontânea delas, não! A não ser por uma determinação de algum personal stylist, por força contratual ou em alguma tentativa fraudulenta de parecer quem não são... Ora, está aí praticamente uma forma de identificação à primeira vista! Certamente, isso não quer dizer que toda mulher admirável tenha que ser seguidora constante da Penélope Charmosa. Apenas o contrário é que parece oferecer o resumo conclusivo do conceito: as mulheres do tipo mau-caráter jamais usam tal cor! Ou seja, não é que as boas precisem estar de rosa sempre, e, sim, as más que simplesmente – e nunca – aderem à tonalidade.
Para comprovar
perante mim mesma o (já quase) dogma, resolvi buscar no meu baú de
registros humanos espécimens designativas da situação. E – após destacar,
imediatamente, as três mais veementes criaturas que me vieram à mente – concluí
que:
a) A primeira se tratava de uma mulher inculta e não-bela
– e do tipo grosseira mesmo –, que, designada a cargo temporário de mando, o fez
com jugo ditatorial, hostilidade, intolerância e equívoco. Ou seja: "meteu os
pés pelas mãos" e, em sua falta de sabedoria, angariou somente antipatia. Achava que estava “abafando”, mas quem a circundava apenas a considerava inepta para o tal poderio passageiro. Foi fácil resgatar na
lembrança: a pretensa tirana nº 1 jamais usou rosa! Nem por um só dia!
b)
A segunda era uma mulher de jeito e aparência vulgares
que insistia na figura de esposa respeitável e boa mãe de família.
Fazia notável força para parecer boa gente e forjava comprometimento com o bem-estar de todos. Na verdade, não era nada disso (desconhecia princípios elementares de ética e humanidade), e sim uma adepta do ganha-fácil, sem trabalho ou vocação. Ao imiscuir-se em meio decente, apropriou-se das
ideias de outrem e, na primeira oportunidade – associando-se a poderes ilícitos
– valeu-se de talento alheio na tentativa de se dar bem: roubou obra de direito autoral (estabelecido)! Certamente, ela não leu na infância a fábula “A galinha dos ovos de
ouro”. E o que nos interessa aqui: nunca, em qualquer tempo, foi vista usando
rosa!
c) A terceira se tratava de pessoa egocêntrica e irresponsável. Nunca se importou com o caráter humano das
circunstâncias e, em suas ações, sempre objetivou o próprio
interesse apenas, acima de qualquer coisa. Mal-humorada, mal-intencionada e de modos nada gentis, manifestou inclusive, certa vez que: “detesto
rosa!”. Hahaha. Preciso dizer mais alguma coisa?
É claro, amigos, que o fato mero de se usar ou não uma cor não poderá medir o caráter de qualquer pessoa – seja esta mulher ou homem. Mas, convenhamos, existe aplicabilidade bastante comprovada no que se refere a certas mulheres, como as que aqui mencionei, não? Acho que valeria um estudo (risos pretensamente psicanalíticos)! Por isso, sugiro: verifique a má amiga, a má namorada, a má funcionária, a má vizinha. E repare no dia-a-dia se ela usa rosa!
Por outro lado,
nada mais simpático do que a representante do protótipo de bom humor e boas intenções, aqui defendida nessa pré-apologia, e que podemos chamar de A MULHER COR-DE-ROSA!
Por Sayonara Salvioli
8 comentários:
Perfeito, Sayonara! Fiz uma retrospectiva mental aqui e concluí que essa teoria está certíssima!!
Hummm...legal rs!!!! Então a mulher de bom caráter tem sempre que usar rosa? Será? haha
Fabianna, pelo despretensioso estudo psicológico aqui proposto (risos bem-humorados), as mulheres do tipo bom-caráter não precisam, emblematicamente, estar de rosa, mas as de maus sentimentos é que nunca estarão! É o que me parece! ;)
Adorei. Um exemplo notavel da classe é a personagem do filme "Legalmente Loura"- bonita, inteligente, estudiosa, perspicaz e vestida de cor de rosa dia sim, o outro tb.
Tenho um blog:
cameliadepedra.blogspot.com
Veste um modelito pink com bolinhas e passa la qualquer hora dessas para bater um papinho cor-de-rosa.
Bjao e boa semana!
Também adorei a sua visita e o seu comentário, Camille! Levando em conta, principalmente, que se trata da opinião abalizada de uma psicanalista, me senti ainda mais à vontade - e compensada - em minhas divagações!...
E, como estava de rosa (risos oportunos), já acessei o seu blog e gostei muitíssimo! Amei o nome, o conteúdo e o estilo! Depois passarei por lá, com calma, para me deter nas leituras!
Sobre o filme que você, muito oportunamente, lembrou - o "LEGALMENTE LOURA", confesso que minha filha e eu temos o 1 e o 2, aqui em nossa videoteca ;) Adorei o exemplo constatador!... rsrs...
Saudações blogueiras :)
hahaha...AMEI!:) Adoro a coisinha 'noir', inspiradora de densas reflexões que se transformam em eclipses provocadores de versos, como vc sabe. Mas amo muito um modelito rosa shocking ou não tanto. Rosa, a cor da Rowena!Amo, sim. Rosa da aceitação da feminilidade e da segurança intelectual. Vamos de rosa, amiga!:)
"Rosa feminino... rosa intelectual"! Adorei o approach, Márcia! Seus comentários são sempre inspirados e apropriados, poeta! :)
Amiga gostei de sua conclusão muito bem dita por lá que transcrevo aqui e depois irei indicar em post lá no dihitt com link para o seu site ok: É claro, amigos, que o fato mero de se usar ou não uma cor não poderá mensurar o caráter de qualquer pessoa – seja esta mulher ou homem. Mas, convenhamos, existe aplicabilidade bastante comprovada no que se refere a certas mulheres, como as que aqui mencionei, não? Acho que valeria um estudo (risos pretensamente psicanalíticos)! Por isso, sugiro: verifique a má amiga, a má namorada, a má funcionária, a má vizinha. E repare no dia a dia se ela usa rosa!
Por outro lado, nada mais simpático do que a representante do protótipo de bom humor e boas intenções, aqui defendida nessa pré-apologia, e que podemos chamar de A MULHER COR-DE-ROSA!
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