Diante da vasta gama de opções que o mundo apresenta, qualquer pessoa pode ficar confusa na hora de fazer suas escolhas. E é aí que reside um dos maiores riscos, justamente no ponto onde vários caminhos se cruzam, e em cuja intercepção só se pode escolher uma via.
Para a harmonia dos diversos tipos de felicidade humana (pessoal, afetiva, profissional, social), é fundamental alcançar a sabedoria de se fazer a escolha certa naquele momento de difícil decisão. Escolher o certo pode ser, na maior parte das vezes, optar pelo que existe de mais profundo em nosso interior. Pelas consumadas leis do empirismo – aliadas à latente convicção do inato –, estou convencida de que é o sentimento o fio condutor desse ato. Nada mais prudente que ele – se real e verdadeiro – para traçar, junto à razão prática, a trajetória da escolha. E aí, meu leitor, ninguém pode ser mais feliz do que aquele que escolheu certo, se enveredou pelo caminho bom da autoconsciência e, mais de uma década depois, pode constatar o sucesso da jornada na trilha de um dia!
Estou entre aqueles que imputam ao tempo a autoridade de magistratura sobre os itinerários humanos. Nada, afinal, como os anos para trazerem aquela certeza sobre a qual tanto se especulou. Filosofias e inquietudes à parte, a essência é aquilo que fica. Permanece no mundo o que é forte, profícuo e abundante. A respeito, tive certezas há um decênio que agora vêm me saudar a sabedoria da previsibilidade acertada. Como é feliz essa sensação!
Deve ser por clarividências como essa que não costumo, nas diversas circunstâncias da vida, conceber o tal risco calculado. Sem querer ser presunçosa, procuro evitar o risco, abomino o erro plausível e delego a toga das minhas ações a uma tal clarividência do sentimento, esse elmo que pode proteger as pessoas como um distintivo. E acredito, também, que esse sentir mais que intuitivo se alia ao caráter em todas as vezes nas quais o ser humano age devidamente, faz a escolha certa.
Creio que eu já tenha sido testemunha, em diversas ocasiões, de opções infelizes de quem não respeitou certos parâmetros e adentrou caminhos sem volta, túneis sem luz. É claro que, como no velho clichê, nem sempre encontramos flores à orla do caminho, mas acho mesmo que pode ser feliz quem opta por sua verdade. E a verdade de cada um é o seu caminho mais seguro. É aquele porto plácido em dia de céu azul; é como a acolhida do abraço terno e firme de quem se ama. E reafirmo, meu querido leitor, que o sentimento – íntegro e integral, sólido, perseverante, forte – é autor e juiz exclusivo da escolha certa.
7 comentários:
É verdade. A gente precisa de muita sabedoria na hora de optar por esse ou aquele caminho, porque o tempo é implacável, não costuma oferecer volta. A boa então é tentar acertar!
Com tantas possibilidades e caminhos que o mundo apresenta, realmente é necessária muita sabedoria, é necessário muito discernimento pra se seguir uma direção boa. Realmente a nossa percepção, esse sentimento meio intuitivo em relação a certas coisas pode ajudar muito. Texto muito bom, clareador, de boa reflexão!!
Adorei!! eu tb queria ter clarividência pra enxergar além!!
no trevo dos destinos, o difícil é escolher o caminho da sorte!!! acho q vc tá certa...a gente tem que deixar o coração falar!
É... escolher pode ser uma destinação!
A escolha para conduzir nossa vida talvez seja a nossa maior responsabilidade!!!
Texto de rara sabedoria!! Filosofando para ser e agir melhor!
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