A cada nova transição anual, aumenta a nossa impressão (será apenas isso?!) de estar o tempo passando mais rápido... Junto dessa sensação vem também a consciência de mais um fechamento de ciclo terrestre, vital ou algo equânime. E essa consciência dá mesmo conta do tal ritmo acelerado do calendário. Novamente a passagem demarcada do que chamamos convencionalmente de ano... Ano-calendário, ano astral, anos-luz... Serão todas essas medidas tão relativas quanto nosso pensamento variável e nossas percepções das coisas? Ora, para a Física Quântica ou para a nossa crença cristalizada, como poderá ser explicada essa inefável pressa do tempo, a mesma que propicia a travessia (telúrica?) de uma década inteira sem que possamos nos dar conta de tamanho intervalo?
O tal e propalado aceleramento do tempo tem me queimado as pestanas! Ora, essa perceptível velocidade do chronos não pode ser, meramente, produto de nossa concepção de vida e de mundo quando adultos... Certamente não é porque crescemos e aumentaram nossas atividades que vemos o tempo passar tão rapidamente... Todo ano é a mesma história, já consagrada pelo cronograma familiar, escolar, empresarial ou das convenções publicitárias: Natal, Ano Novo, Carnaval, volta às aulas, Páscoa, Dia das Mães, Corpus Christi, Dia dos Namorados, chegada do inverno, férias de julho (no Brasil), Dia dos Pais, Primavera novamente, Dia da Criança / Festa da Padroeira do Brasil, Finados, Ação de Graças... e lá vem o Natal novamente! Tudo numa pressa de quem “vai tirar o pai da forca”, como se o Senhor Tempo se embrenhasse atrás de nós com o ponteiro invencível das horas!... Indócil e a portar o relógio indomável da irreversibilidade do passado!...
Aposto que você já se questionou sobre esse fenômeno de ver o tempo escorrer pelos dedos, aparentemente muito mais rápido que nas idealizadas (e preconcebidas) medições de uma ampulheta... Ora, esse instrumento, simbologicamente, já reporta à idéia de efemeridade ou transitoriedade da vida... E estaremos, afinal, suscetíveis a um aceleramento temporal inevitável? O tempo realmente passa mais rápido a cada ano ou essa é uma impressão ilusória e relativa a novos paradigmas de cotidiano? Especulações filosóficas, metafísicas e divagações físico-quânticas à parte, é possível chegar à aceitação lógica do que se prega na chamada ressonância Schulmann.
W.O. Schulmann foi um físico alemão que, em 1952, fez uma descoberta interessantíssima, detectando e prevendo matematicamente o que, tempos depois, receberia o nome de ressonância Schulmann em sua homenagem. Leonardo Boff escreveu a respeito: Schulmann constatou que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera que fica cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (daí chamar-se ressonância Schulmann) mais ou menos constante da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de "marca-passo", responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz. Empiricamente fez-se a constatação que não podemos ser saudáveis fora desta frequência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schulmann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um "simulador Schulmann" recuperavam o equilíbrio e a saúde. Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa frequência de pulsações, e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80 e de forma mais acentuada a partir dos anos 90 a frequência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido a uma aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schulmann.
Cientificamente, pois, aí estão as bases que explicam a minha sensação – consciente e perene – de que o tempo voa cada vez mais! Com isso, de certa forma, também aumentam nossas responsabilidades de “sinergia responsável” com esse biorritmo exigente e implacável. Acho que nos resta, sem dúvida, a autoarbitrariedade em desenvolver metas, prover recursos e executar planos de ação compatíveis com as nossas expectativas pessoais de vida. É preciso lançar mão desse mesmo tempo arrebatador para fazê-lo também “presa de nossas vontades”, comparsa de nossos ideais e mentor de nossas aventuras. O tempo urge, a Terra gira, o coração sonha e a mente realiza!... Silogismos palpáveis, não é mesmo? Assim os consolidemos, na medida de nossa força e vitalidade perante o Cosmos. E quanto a ele, o Planeta? Ora, é preciso cuidar para que não se perca em catástrofes já prenunciadas; recorrente se faz a necessidade de planejamentos de preservação e sustentabilidade, ante a utilização adequada e respeitosa dos mananciais naturais. Ecologia, hoje, já não deve ser um ideário simples; mais que isso, se tornou um manual incontestável e pragmático de sobrevivência.
Voltando ao campo pessoal, que tal não deixar que mais horas se percam? Não seria o caso de executar aquela ação, visitar aquela pessoa ou, simplesmente, preparar aquele sonho já neste período do ano? Faça isto, e adapte as circunstâncias dos tempos ao biorritmo natural de seu pensamento e, por conseguinte, de sua vida!... A ampulheta daquele antes chamado destino está em suas mãos.
P.S.: Deus e a Ciência não tomam caminhos diferentes. Não raro, lemos depoimentos de cientistas: cosmólogos, físico-quânticos – que apregoam sentir e, mesmo, constatar a presença de Deus nas suas pesquisas. Independentemente, pois, de suas convicções, confie, acredite na magia divina que tem um poder de aquecimento dos corações ainda maior que o fenômeno global que interfere no equilíbrio da Terra. Esse poder é sentido na calorosa magia que parece perpassar a Terra na época das Festas. Faça, pois, a sua parte, como ser consciente e integrado, e encontre e desenvolva o seu Céu particular! Idealize e pratique o seu raio de ação universal em todos os seus (novos) tempos!
5 comentários:
Sayonara,
Feliz 2010 pra vc também!!! Que as suas lindas palavras possam encontrar todos os bons caminhos... da sorte,da felicidade!!!! Amo passar aqui no seu blog e ler essas coisas bacanas que você escreve. E sempre levo um pouco daqui!!
Bjs.
A Física Quântica é um caminho promissor e repleto de alternativas para as dúvidas relativas a tempo e espaço. Costumo garimpar pela Internet textos tratando do assunto. Parabéns! Você tratou muito bem a temática!
Adorei saber sobre essa descoberta da ciência!!! Sempre estranhei mesmo o tempo parecer passar tão rápido! Bem que não é só impressão nossa! Quando era criança eu ficava esperando o tempo de um ano passar pra chegar meu aniversário de novo! Ufa! E como custava!! Hj eu nem vejo...de repente já é hora de preparar a festa do meu filho outra vez!!!!!
Sayonara:
O seu texto é muito inteligente e vem ao encontro do que penso sobre essa terrível corrida do tempo dos últimos tempos...rsrs
Vou ler o outro texto daqui a pouco!
Parabéns pelo seu trabalho! Vc tem uma habilidade impressionante com as palavras e o nome disso é talento!!!!
Sayonara, que maravilha o seu post!!!!!!!! Concordo em gênero, número e grau!!!!!! O tempo está escasso mesmo, 1/3 de antes, né?
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