sábado, 20 de dezembro de 2008

Pádua renasce com o Natal...



Tolstoi disse, sabiamente: “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia". Creio mesmo que poucas coisas afetem tanto os humanos como a lembrança e o amor de sua terra. A aldeia de cada um é sua identidade mais arraigada, seu elo mais forte e sua expressão mais genuína. Porque não há no mundo um lugar que se compare à sua própria terra.
Assim é que a nossa cidade é aquele pedaço de universo que mais nos diz respeito. Se um oceano ou uma cordilheira nos separam, ainda há uma força capaz de nos teletransportar a uma ordem de nosso desejo: o de lá retornar, sempre, para nos reabastecermos de energia. E realmente é necessária essa retroalimentação em relação à terra de origem.
Eu caminho sempre em direção ao que me chama, mas sem nunca deixar de voltar os olhos para o início de minha jornada. É por isso que trago comigo a herança da terra, uma espécie de código geográfico de um endereço que me define na cosmologia do tempo-espaço. Por isso é que trago em mim, fortemente, a cidade de Santo Antônio de Pádua.
Embora eu não seja paduana de nascimento, sou cidadã paduana: oficial, convicta, veemente. Vivi na cidade durante quinze anos, alguns dos mais importantes de minha vida, pois foram os que viram minha filha nascer e crescer. Tenho a alegria de saber que Raquel nasceu em solo gentil de pessoas gentis, cresceu por entre espaços cheios de liberdade, aprendeu a conviver e a desenvolver solidariedade numa sociedade harmônica e feliz. Tal núcleo de convivência, no entanto, vive hoje um momento difícil: filhos seus, de todos os bairros – e em todas as direções – se sentem perdidos diante da força arrebatadora das águas do Rio Pomba.
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Mesmo para quem está distante da cidade ou nunca viu de perto uma enchente, não é difícil imaginar o desespero que seja – de um momento para outro – ter a casa invadida por águas que transbordam e parecem adonar-se de todo o resto da paisagem. Independentemente de riscos maiores, vitais, e de desequilíbrios sociais mais graves, a questão material de ter os próprios pertences perdidos é algo muito sério. Eu fico imaginando – e com certeza, você pode imaginar também – que terrível sensação não deve ser o vácuo de uma casa invadida – de repente! – tendo seus móveis, seus livros, suas louças, suas roupas, seus eletrodomésticos e todos os itens da harmonia cotidiana levados ou corrompidos pelas águas. É claro que a vida é sempre o mais importante, e se ela permanece, todo o resto se reerguerá, por certo. Mas pense bem que tsunami na vida de uma família deve ser a chegada de uma correnteza amarela e brutal, dispersando as coisas mais sagradas de sua casa, aquelas que dão alma ao lugar e alimentam, todos os dias, a vida de seus moradores!... Casas em lugares mais altos ou próximas ao rio, bem equipadas ou humildes, habitadas ou fechadas, todas, assoladas sem mais nem menos por uma onda surpreendente de pavor! Num espaço de poucas horas – sem que as pessoas tivessem tempo de providenciar suportes para suspensão de seus móveis e objetos –, todos os apetrechos e construções da mão do homem pareceram tão frágeis como nunca antes se imaginou... Estabelecimentos comerciais inteiros perdendo seus artigos, alimentos perecendo, casas ilhadas sem comunicação ou acesso a quaisquer bens de consumo. Desliga-se a luz, emudecem os telefones, esgota-se a despensa... as padarias e os supermercados estão fechados; crianças precisam tomar sua mamadeira, mas o leite acabou e não há onde comprá-lo. Nem é possível ir a qualquer lugar sem um barco e uma coragem leonina!... Os hospitais estão inundados e os doentes sem proteção. Tudo é dificuldade! O homem duvida de si mesmo quando vê que o seu poder de decisão/ação está bem aquém do que lhe dita a natureza.
A tragédia é inevitável. Dos mais autônomos aos mais carentes, praticam-se perdas pessoais e desesperanças humanas. Para quem está longe, como eu, mostra-se o quadro desolador de um rio sem fim invadindo as praças, o átrio da igreja e todas as ruas que fazem a movimentação da cidade. É desalentador imaginar a face da destruição quando esta aparece sem avisar e se adianta contra tudo e todos. Fico muito triste ao ver e imaginar a equilibrada Santo Antônio de Pádua dançando o forçoso balé das águas de um cataclismo...
A comunidade precisou de ajuda e quase enlouqueceu no ocaso de um silêncio só cortado por barulho de correnteza. Esperaram-se providências da Defesa Civil, aguardou-se uma ajuda dos céus, e a população se desesperou quando não viu, acima de suas cabeças, helicópteros portando mantimentos, agasalhos ou quaisquer materiais de apoio. Apenas a solidariedade de alguns paduanos valorosos, que se aventuraram nas águas levando socorro a seus conterrâneos. Felizmente, dias depois, chegaram barcos em maior quantidade e os helicópteros da Marinha do Brasil. Paralelamente, a situação parecia amenizar-se, quando recursos da Defesa Civil e ações do Corpo de Bombeiros começavam a distribuir alguma tranquilidade.
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As águas baixaram; o rio voltou a habitar sua antiga morada, mas um cenário de desoladora destruição é agora a visão da realidade. Moradores e amigos visitantes lançam-se, em mutirão, à limpeza das casas. Novamente se enxergam o solo, as ruas e os jardins. Pádua ressurge, mas por toda parte – posso pressupor – há uma aura de tristeza, um cântico silente, como se a entoar o som de algum estranho cortejo... Algo parece ter morrido; uma parte da integridade local e fragmentos da identidade da cidade parecem ter ido embora... É que Pádua foi invadida, violada, e parece ter perdido anos – talvez décadas – de sua saga urbanística. E isso deixa forte angústia no ar, principalmente porque há irmãos desabrigados, literalmente sem chão ou teto; outros, irremediavelmente afastados de parte de suas histórias de vida. Tem lugar, agora, a incineração de pertences destruídos pela força das águas. Tudo se dá como se num ritual de abandono da tragédia, ao se deixar a tristeza para trás. Vi fotos de pessoas nas praças, livrando-se das marcas de destruição deixadas em suas casas. Apesar da união solidária que enxerguei nas imagens, senti também um aperto no peito ao me certificar de que – muito além daquele desfazer – há pessoas recomeçando do zero, talvez sem a força necessária da esperança.
Na verdade, a natureza não é inimiga. Os últimos tempos têm dado conta, no entanto, de um distanciamento do homem de seu meio, exatamente em virtude do processo de desrespeito ao ambiente que vem aumentando com os anos. Cada vez mais, a relação entre o aquecimento global (e outros fatores) e os desastres ambientais tem redundado em tragédias, mortes e arrebatamentos brutais. Inúmeras catástrofes naturais, infelizmente, fizeram parte da história deste ano que termina. Dentre estas, as recentes enchentes em Santa Catarina e as que se deram em diversas cidades do Norte Fluminense, bem como as ocorridas em Minas Gerais, as quais convergiram para o atual estado de coisas em Pádua e imediações.
Sem dúvida, se faz necessário que os governos se organizem em estudos e execuções de políticas ambientais profiláticas, quando tanto já se perdeu pela mão desastrosa do homem. É certo que cataclismos e alguns outros fenômenos independem da eficácia da administração pública, mas – ante a terrível enchente ocorrida em nossa cidade – é imperioso que se estude um modo organizacional de se acolherem os dizimados pelas águas. Refiro-me não aos que tiveram perdas reparáveis, na medida em que uma situação mais abastada lhes permite uma reconstrução menos difícil. Falo daqueles que, agora sem casa ou destino, ficaram à mercê da solidariedade e da providência. Ergamos aqui uma voz que clama por uma forma qualquer – ante os recursos a serem oferecidos pelos órgãos e meios competentes – de se executar uma ação efetiva e eficaz de acolhida dos reais necessitados. Penso que também nós, cidadãos, podemos fazer aquilo a que normalmente chamamos “a nossa parte”. Assim foi que vários paduanos – alguns mesmo morando em outras cidades – se organizaram e criaram comunidades no Orkut, trocaram informações, providências e tiveram louváveis iniciativas, como a de se estabelecerem pontos receptores de donativos para os mais atingidos pela enchente.
Finalmente, gostaria de expressar que, apesar da tristeza sentida, é preciso secar as lágrimas, erguer o peito e arregaçar as mangas! É claro que, mesmo de longe, me detive – durante várias vezes – e chorei diante de fotos divulgadas na Internet. Minha filha, paduana amorosa, chorou por dois dias e não conseguiu se movimentar normalmente no Rio: perdeu festas a que ia e ficou atrelada ao telefone e ao Orkut, atenta a quaisquer notícias ou comunicados que precisasse transmitir. Mas, assim como você e eu, ela sabe da necessidade de todos – moradores ou não da cidade – colocarem um sorriso no rosto e saírem por aí, na dinâmica da vida, repondo os tijolos de sua rotina no lugar de antes, com a firmeza e a sensatez das construções sólidas. Para isso, a ordem deve ser lavar o solo, limpar a casa, retirar todo o lodo que restou... É momento de procurar o próximo e não ter medo! Agir e recomeçar, como pressupõe o resto das coisas que nos chamam em 2009. Creio que a esta situação se aplique algo que Dalai Lama disse: “...os fracos se intimidam; os fortes abrem as portas e acendem as luzes”. É hora, pois, de o paduano retornar à sua casa, abrir as portas, acender as luzes e recomeçar a sua história de vida do ponto onde parou. Certamente, assim será que – com as bênçãos de um renascer divino – Pádua renascerá com o Natal!
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Se você nunca pensou que uma cidade pode ter alma, acredite: Santo Antônio de Pádua tem...

Pádua, cidade das rochas, cidade das águas...
... Que o paduano ausente, feliz, rememora,
Junto a intentos, alegrias ou mágoas
Que leva consigo ao ir embora!

À margem do Pomba, ante a Ponte dos Arcos...
Infância e juventude, entre sonhos e lendas;
Em anos felizes e dourados, histórias e marcos:
Danças, folguedos, folclores, parlendas...

(...) Há no interior das cidades tal vida e magia
Que faz pitoresco um mero cotidiano...
Que dá ao dia simples certo teor de alegria
No calendário lento que perfaz cada ano...

(...) Hoje eu sou um paduano ausente
Que vive lá fora, em terra de outrem!
Mas cá estou vivo, em espírito, presente,
Sorrindo tenuamente, ao lembrar de ontem!...

Por Sayonara Salvioli

P.S. 1: Colabore com os atingidos pelas enchentes; doe roupas, alimentos ou quaisquer pertences que possam trazer benefícios aos que estão precisando de ajuda.
Pontos de recebimento de donativos para Santo Antônio de Pádua, Itaperuna e Região Norte / Noroeste Fluminense:
No Rio de Janeiro:
Grupo Bandeirantes de Televisão
Rua Álvaro Ramos, 350 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
Em Niterói:
Paróquia de São Judas Tadeu
Av. Ari Parreiras, s/n - Icaraí
Especifique que suas doações se destinam ao Noroeste Fluminense.
Você também pode procurar qualquer quartel do Corpo de Bombeiros para fazer suas doações.
Colabore! O homem é aquilo que faz!
P.S. 2: As fotos que ilustram esta postagem representam apenas algumas nuances do terrível desastre que se abateu sobre a cidade. A ausência de créditos se deve ao fato de estarem sendo utilizadas coletivamente, em manifestações extensivas de solidariedade. Na verdade, as pessoas tiraram as fotografias na medida em que isso lhes era permitido, ante a dificuldade de locomoção. Em muitos casos, o fizeram das janelas de suas casas. Certamente, muitos outros ângulos - mostrando faces ainda mais severas da tragédia - talvez não tenham podido ser registrados diante da impossibilidade ou ausência absoluta de tecnologia em tais momentos ou lugares.
Além de agradecer a gentil cessão das fotos, que estão veiculando em Orkuts de amigos comuns, esclareço que - uma vez elucidados os respectivos créditos das imagens - aqui serão devidamente registrados.
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A todos os amigos e leitores deste blog, a minha mensagem de Natal, muito oportunamente, é uma espécie de reflexão, um chamamento para dentro de nós mesmos, em busca da essência humana que nos distingue dos outros seres da natureza. Aproveitemos o Natal para praticarmos paz e solidariedade! Assim, meu maior desejo é que você e sua família possam veicular amor, dentro e fora de suas casas.
Quanto a 2009, isto é matéria para outro post! Afinal, ainda nos comunicaremos antes do ano que vem...


17 comentários:

Entre letras disse...

Boa noite Sayonara!!aqui em Campos estamos passando por isso.Ainda bem que o Rio Paraiba esta abaixando.Cidade como cardoso Moreira e Italva estão sofrendo.Belo o seu poema.Me ausentei um pouco mas em breve estarei postando em meu blog.Passe por la.Um abraco e fique com Deus.
Henrique-entre letras.Desculpe a pressa!!!!

Anônimo disse...

Este post me emocionou muito. Em primeiro lugar, é claro, por eu ser paduana, e ter sentido a dor de ver a minha cidade natal numa situação dessas. Em segundo lugar, porque o texto abordou os dramas vividos pela população local, bem como pelos familiares que moram em outras cidades e passaram pela aflição de não poder se comunicar com os paduanos.
Além disso, a percepção da impassibilidade humana perante a força devastadora da natureza fica evidenciada numa situação assim, o que, certamente, nos faz repensar a vida. É nesse momento que percebemos o mais importante: o que mais vale na vida é o que está dentro do coração.
Como paduana, fiquei triste com a tragédia, indignada com a Defesa Civil e emocionada com o seu post. Acredito mesmo que talvez esse fato desastroso venha para “limpar” o que possa haver de ruim e dar à Pádua uma nova vida no Natal, sempre reafirmada pelo amor ao próximo e pela solidariedade. Que Deus abençoe a todos os paduanos, presentes e ausentes, e possa guiar a cidade rumo a tempos melhores de bonança! E que, no momento, cada um possa fazer a sua parte, doando o que for possível para quem precisa. Afinal, o amor - à nossa terra e ao povo paduano - é nossa maior riqueza.

Anônimo disse...

Que bacana, Sayonara! Emocionante o modo como você extrai poesia de uma situação tão difícil!
Quem conhece Pádua vai chorar quando ler...

Anônimo disse...

Que situação lamentável a do povo paduano!... Não vou a Pádua faz uns anos e é muito triste ter uma notícia dessas... Porém, o mais importante é acreditar que, apesar de tudo, o povo pode reconstruir o que foi perdido. É preciso ter muita fé!!

Unknown disse...

Nossa cidade parece que está ressurgindo. Você tem razão, Sayonara, agora acontece um novo "nascimento" para Pádua...

Cláudia F. disse...

Pádua sempre foi referência na região. E quando um desastre ambiental vem repentinamente e abala a estrutura de anos, penso que é momento de fazermos uma grande reflexão, como vc sugeriu ao final de seu texto.
Feliz Natal!

Unknown disse...

Agora é fazer o possível pra ajudar quem tá precisando.Minha irmã vai deixar umas doações daqui de casa na Band.Depois da catástrofe, é a vez da solidariedade.

Anônimo disse...

Cara amiga, suas palavras me emocionaram ainda mais! De fato, essa tragédia que se abateu sobre a nossa querida Pádua, nos faz repensar diversos conceitos e rever nossos atos. Numa época em que a maioria estão confraternizando, trocando presentes, abraços que, mtaas vezes não são sinceros e sim apenas fruto de um ritual do consumismo, nossa terra se vê no meio do caos. Penso que na vida estamos para aprender a lidar com as perdas e decepções. E tenho plena convicção de que os paduanos, não só os abatidos com tal tragédia, mas a população como um todo, com união, força e perseverança, reconstruíremos a nossa terra. Como vc bem ressaltou, é hora de erguer as mangas...e o que espero é que também as autoridades locais possam finalmente abrir os olhos e trabalharem em prol da coletividade e promover o bem-estar social! É hora de Pádua parar de arrastar corrente, libertar-se dos vícios que a impedem de crescer, o que gerou e continua ocasionando o êxodo de seus filhos, e finalmente, tornar-se uma grande cidade grande!!! Abçs, Yanna.

Anônimo disse...

Passei por Pádua ontem e fiquei apavorada com o que vi em algumas partes da cidade. Destroços, lama, tudo muito devastado. Depois que a enchente se vai, ficam rastros terríveis de sua passagem. Mas eu acredito na força dos paduanos!

Anônimo disse...

Eu só tenho a dizer que tenho fé que em pouco tempo, a cidade vai voltar a ser como antes.

Luciana C. disse...

Sayonara,
Foi maravilhoso ler o seu texto na Noite de Natal. Que a partir de hoje Pádua possa mesmo renascer, com toda a força e vitalidade!
E que o Menino Jesus nos abençoe!!

Anônimo disse...

É nos momentos de dificuldade que as pessoas se superam. NUm momento assim, a população de uma cidade pode não só se recuperar como crescer ainda mais. Sou otimista e acho que Pádua, apesar dos baques sofridos, vai encontrar o caminho da esperança e do progresso.

Anônimo disse...

É lamentável ver quanto somos frágeis e incapazes perante ao poder da naturaza...do universo...Só nos resta ter fé e rezar p que todos tenham força pra superar um momento tão difícil, e que essa tragédia marque um novo recomeço e um caminho de progresso para Pádua e toda região atingida !!!
Sua poesia é emocionante...

Prof.Paulo (Paulinho Campos) disse...

Sayonara, amiga querida!
Sensibilizo-me muito com toda essa situação de Pádua e de quando enchentes e outras catástrofes nos pegam como de surpresa!Já vivi situação tal aqui no Rio de Janeiro ocasiões de 1966 - eu bem menino - e 1987; sei bem o sufoco que é! Seu texto, como tudo que você escreve, é magnífico e esclarece, clarendo o pensamento como um Sol de bonança!
Que o povo de Pádua - e de toda a região a qual sou muito ligado, pois morei em Itaperuna e meu pai era filho de Bom Jesus do Itabapoana - se refaça das chuvas trágicas e, com o orgulho por sua terra tão linda e acolhedora, reerga-se junto às suas casas cobrando das autoridades o devido cuidado a fim de tanto ajudar aos atingidos como realizar ações para evitar futuras ocorrências iguais. Sabemos que atividades educativas com relação a meio-ambiente são também fundamentais, e precisamos cobrar isso em todos os lugares para não continuarmos a fazer do "Crônica de uma morte anúnciada" de Gabriel Garcia Marques a crônica da nossa vida real!
Amanhã(pelo adiantado da hora, hoje) estarei deixando tudo o que eu puder no batalhão do Corpo de Bombeiros perto de casa, e tentarei recolher dos amigos também!
Um beijão repleto de amizade e solidariedade!!
Paulinho

Anônimo disse...

Sayonara:
Amanhã vou deixar minhas doações para Pádua em Botafogo.
Avise-me quando for lá, pois gostarei de visitar a cidade com você.
Abraços

Anônimo disse...

Fui a um Corpo de Bombeiros próximo e deixei algumas coisas. Espero que ajude.

Anônimo disse...

SAYONARA...ESTIVE EM PÁDUA IMEDIATAMENTE APÓS O CORRIDO. O RIO POMBA AINDA SE COLOCAVA EM ALGUMAS RUAS...A SITUAÇÃO É REALMENTE DRAMÁTICA. A CIDADE OPACA, PERDEU O BRILHO, PERDEU O VIÇO...TRISTE AMIGA...MUITO TRISTE!!!!!!!!!NEM SEI QUANTO TEMPO LEVARÁ PARA QUE NOSSA PÁDUA VOLTE A SORRIR...O DESCASO DAS AUTORIDADES ME CHOCOU, MUITO SINCERAMENTE...MAS A SOLIDARIEDADE DA POPULAÇÃO APAZIGUA ISSO...
VOCÊ DESCREVEU COM PROPRIEDADE A SENSAÇÃO DE UM FILHO DA TERRA!!!!!
A TRISTEZA ME INVADE QUANDO O ASSUNTO É A ENCHENTE ATUAL...INFINITAMENTE MAIOR EM CONSEQUÊNCIA DO QUE A DE 1979. AGORA, AQUI PRÁ NÓS, O TANTO QUE ESSE RIO POMBA VOU ATERRADO EM SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA...NÃO PODIA SER DIFERENTE!!!!!
BEIJOS MINHA AMIGA!