sábado, 29 de agosto de 2015




Pensar colorido


Ninguém duvida do poder do pensamento. E – ainda que não apreciemos o nicho –, as estatísticas de vendas dos livros de autoajuda aí estão para provar isso. Mas você não precisa seguir dicas de linguistas especialistas em Neurociência para dar um rumo positivo à sua vida. Obviamente que não. Para alcançar estágios graduais de desenvolvimento e felicidade, a questão é: você – e mais ninguém – precisa saber controlar o seu pensamento. Sem conselhos e regras, sem as tais páginas de autoajuda, sem estimulantes humanos, químicos ou psíquicos. Quem deve alicerçar a base da sua vida é a força de sua própria vontade; o resto é elemento acessório. No fim – e no início – das contas, você necessita mesmo cultivar o seu próprio pensamento colorido. A dica da vez é não pensar em preto e branco – nada de pensamentos cor-de-cinza!

Antes de começar a desbravá-lo, no entanto, é preciso entender por que e como funciona essa tal e propalada força do pensamento. Ora, existem máximas e definições que versam sobre o assunto. Porém, a verdade é uma só: você puxa para si aquilo que emite e emana. Em outras palavras, sua mente pode ser indiscutível base de atração para as condições e características de sua vida – saúde, bem-estar, trabalho, amor e perspectivas podem estar diretamente ligados ao que determina seu próprio eu – uma espécie de senhor (quase) absoluto dos acontecimentos. Mas, então, você pode perguntar: meu pensamento – seja de que cor(es) for – e meu arbítrio são únicos na determinação das circunstâncias? Em minha opinião, não, porque acredito na força direta da Divindade, da Criação, de Deus (aí entramos em Metafísica e Teologia) mas – mesmo considerando tal viés –, é passível de se pensar: ora, se refletimos uma deidade, claro deve estar que também trazemos em nós fagulhas do divino. Seriam, pois, tais pontos de luz e combustão capazes de eclodir as circunstâncias...

Eu acredito firmemente nesse poder, quer pela sugestão, quer por mecanismos outros ainda que não-explicados, quer por fé, embasamentos míticos, filosóficos ou religIosos. Em suma: creio no alcance extraordinário do pensamento positivo, aqui dito colorido! A respeito, já tive provas.

Sem filosofar tanto, passemos primeiro pela Ciência: especialistas os mais diversos e pesquisadores tarimbados do assunto buscam, continuamente, as reais relações entre “pensar colorido” e obter sucesso no que se deseja. Tais estudos e experiências querem, objetivamente, delinear o verdadeiro raio de ação do pensamento na vida, na saúde e na felicidade de uma pessoa.

Conceitos de Parapsicologia, Física Quântica, Lei da Atração... Sem adentrarmos esses terrenos – de tênues camadas palpáveis –, podemos, sim, discorrer (e divagar um pouco) sobre o tema a partir de fundamentos científicos já registrados. Um exemplo de paralelismo: assim como um grande estresse pode acelerar as batidas cardíacas, trazendo um aumento da pressão arterial e, com isso, um indesejável aceleramento com probabilidade de infarto, o contrário também parece ser máxima perfeita. Já li e vi depoimentos de ícones mundiais da Medicina que afirmam: emoções e pensamentos positivos podem contribuir grandemente para a saúde. Bom, não sou cientista, mas me lembro bem de tais leituras e experiências de apreensão de conhecimento. Delas me ficaram a seguinte memória: pessoas que possuem maior autocontrole (pensamentos e consequentes ações) estão menos suscetíveis a sofrerem um ataque do coração ou, mesmo, de desenvolverem doenças cardiovasculares. Na esteira dessa constatação, aqueles incapazes de controlarem sua mente – com mais precisão e firmeza – simplesmente estão no grupo dos que sucumbem a um infarto.

Também me lembro, en passant, de relatos científicos de experiências dando conta de memorável situação: grupos de pessoas entrevistadas – com base nessa questão de domínio da mente e exercício do otimismo – mais de uma década depois tiveram “seu futuro” estudado e... resultado: os de pensamento positivo sobreviveram mais às agruras da vida, com maior expectativa de longevidade e qualidade vital. Ou seja: o grupo dos que acreditavam mais em possibilidades boas superou, claramente – em teor de vida e saúde – o grupo dos que olhavam a vida com menos cor. Um aparte literário: as lentes cinzentas do pessimismo não cabem nem mesmo na visão nostálgica do poeta... Sobre isso, Fernando Pessoa constatou e alertou: “Ser pessimista é tomar qualquer coisa como trágico, e essa atitude é um exagero e um incómodo”. Sim, sem tragédias. E, mesmo, sem o tragicômico para o coração, a mente, os sentidos.

Falando em sentidos, outra coisa: além do coração, a visão de uma pessoa também está diretamente ligada ao seu pensamento. Já soube a respeito? Verdade. Sob um prisma de visão de cores, a visão de mundo de uma pessoa é literalmente alterada, pois o estado emocional/mental (bom humor, frequências energéticas, astral leve) pode influenciar funcionalidades do córtex visual, que é nada menos que a parte do cérebro designada a processar informações e indícios da visão. Isso é científico. A coisa é tal que pessoas bem-humoradas e decididas a enxergar o mundo colorido conseguem, de fato, ver melhor uma figura, visualizando com perfeição detalhes de seu segundo plano. Opostamente, aqueles de humor cinzento simplesmente não enxergam imagéticas de planos de fundo. Alerta plus: também já constatei isso pessoalmente, acredite! Os dotados de tal pensamento dominarem as particularidades de um mosaico!... E tal não se trata de achismo ou impressão. Há, muito além disso, os resultados de aprofundadas pesquisas no âmbito. Assim é que podemos afirmar que um humor feliz pode mesmo trazer uma matizada visão de mundo (risos em caleidoscópio)!... Por isso é que, amplamente, se pode dizer que o pensamento colorido abre uma janela para um mais amplo horizonte da existência.

Voltando a teorias generalizadas – mantidas entre filósofos e religiosos e também por personalidades científicas, reitere-se –, muitos destes creem rigorosamente na existência de duas categorias de pessoas: as que têm pensamento positivo (que prefiro aqui chamar de dotadas de pensamento colorido, já que é aquela maneira da cor do alto astral de olhar o mundo) e, por isso, controlam sua mente; e, no outro polo, as pessoas de pensamento negativo, incapazes de controlarem a própria vida. A estas, o ocaso, o medo, o sofrimento e, muitas vezes, a derrota... Aos primeiros, tudo! Cabe-lhes todas as parcelas do sucesso, da saúde e da felicidade!... Tal parece exagero a você? Pois digo: não é mesmo! As pessoas portadoras de pensamento colorido realmente podem mais, a ponto de controlarem não somente a si como também a muitas das pessoas que as cercam. É fato! São agentes impulsionadores de êxito social, profissional, cultural etc. Como seu viés de visão particular, ajudam a pintar a face do mundo e delinear suas nuances ajustadas a si. São capazes de persuadir a outrem de muitas coisas e ajudarem a transformar tendências e contextos.


Então, meu leitor, a melhor perspectiva é justamente esta de um mundo focalizado a partir do pensar colorido... Concorda? Não pense preto e branco; pinte com cores vivas o seu pensamento e depois observe se não se consumaram, mesmo, diferenças (leiam-se evoluções) em seu plano existencial!... 








3 comentários:

Denise Apolinário disse...

Sim, Sayonara Salvioli, eu penso colorido, sim!!!!

Vera disse...

Maravilha de crônica!!! As cores estão no nosso olhar, isso é verdade!! Amei!!

João Pedro disse...

Um belo modo de chamar o pensamento positivo, cara escritora! Isso é o próprio otimismo. Muito bom texto.